A maneira como o os princípios associados ao Liberalismo e Conservadorismo não são implementados no desenvolvimento das democracias motivou várias críticas do vice-presidente da Comissão de Direitos do Partido Conservador, Benedict Rogers, no segundo dia do Estoril Political Forum. O activista britânico garante que “nenhuma ideologia consegue defender os valores dos sistemas ocidentais”.
O problema não está apenas na mensagem transmitida no plano interno, sobretudo na União Europeia e nos Estados Unidos, mas também noutras regiões do mundo, onde já se verificou maior disponibilidade para adoptar os princípios da ordem liberal internacional. Neste capítulo, Benedict Rogers garante que “o Reino Unido tem responsabilidade na supressão de direitos fundamentais em Hong Kong e por não evitar um genocídio à comunidade Rohingya em Myanmar”
Numa altura em que aparecem inúmeras forças partidárias começa a fazer pouco sentido falar em Liberalismo e Conservadorismo. Na opinião da directora do gabinete de Bruxelas do Internacional Republican Institute, Miriam Lexmann, “não existe uma diferença entre os dois conceitos porque as palavras têm significado diferente para cada grupo de pessoas”. A responsável prefere efectuar “uma distinção entre liberdade”.
A tradição cristã do ocidente acabou por ser trazida pelo presidente do Faith & Reason Institute, Robert Royal. O norte-americano garante que “em termos públicos houve uma diminuição da discussão, embora a religião seja um dos principais valores das democracias liberais”. O papel da religião assume uma importância cada vez mais importante, tendo em conta a crise de valores que atingiram as sociedades modernas. Robert Royal não tem dúvidas que “a religião é uma das formas actuais do cumprimento da dignidade humana”