A vitória de Uhuru Kenyatta nas presidenciais no Quénia coloca um ponto final no processo eleitoral que começou em Agosto, mas os responsáveis europeus ficaram pouco satisfeitos com os avanços e recuos verificados ao longo de três meses. A chefe da missão da União Europeia, Marietje Schaake, considera que “as acções das duas partes colocaram as instituições do país e as pessoas numa posição bastante complicada devido aos ataques contra orgãos judiciais e à comissão eleitoral”.
O triunfo de Kenyatta não significa o fim do diálogo político entre todas as forças partidárias. A eurodeputada recomenda aos líderes locais mais responsabilidade na defesa dos interesses da população.
A principal critica está relacionada com as falhas no sistema judicial. De acordo com as conclusões será necessário mais independência nas decisões e acabar com o clima de intimidação. Os tribunais também devem ter capacidade para avaliar as queixas decorrentes dos actos eleitorais.
Os responsáveis europeus mantêm-se atentos aos próximos passos, sendo que, dentro de dois meses será divulgado um relatório final com mais recomendações.